O coração desconhece o ritmo
Em segundos acelera e desacelera
Perde o compasso
Quase tonto erra o passo
Já quase surdo
Batuca mudo o sentimento
Se perde no arranjo
Desarranja a emoção
Desequilibra e quase cai do peito frágil
Em ebulição corre quente
Nas artérias seus fragmentos
Amante do que se perde
Carente do distante
Joga ilusão em suas correntes
Sacrificando seu trabalho
Amassando seus nervos
Molhando seus músculos
Para um amanhã adocicado bombear
Para acelerar rumo ao temido
De frente com o esperado
Quem sabe tonto vai banir
A esperança em troca do conquistado.
Casciano Lopes
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