O tempo que passou em branco
Tingiu os cabelos e o passageiro levou os fios
A saudade do vivido enlouqueceu o inesperado
O não acontecido escondeu-se da emoção
As luzes inebriaram a alma desiludida
Manchando de solidão a desilusão
No chão escorreu a fome
Lavou a sede da insensatez
Cravou as raízes no tempo incontável da areia.
Hoje o alado povoa de asas a imaginação
Vôo de sóbrio enlouquece a razão
Busca enchente para os leitos
Cavalos para os pés
Quer vida mesmo que louca
Insana e insensata
Quer fios para as teias
Quer brancos naturais
Quer a febre sem o alho
Não quer descolorir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é muito bem vindo, após aprovação será publicado.