Como ao matadouro vai o boi
Como cego voa o pássaro
Busca a alma cabisbaixa o perfume dos jardins
Desvanecida tateia seus escombros atrás de sobrevida
Teme fenecer como luxo falido e foge do suor da moeda
Ilumina-se na tempestade e escurece-se ante o sol
Permeia os cantos do eu a procura de suas sobras
Na sombra atemoriza-se pelos fantasmas adotados
Por aqueles encostados e nas gavetas amontoados
Uma vida querendo vida e buscando cheiro
Procurando luz para a foto infinita
Tentando retratar um momento longo
De felicidade não finda e de sorrisos não gratuitos
De calor não passageiro
É a guerra do existir
Existir... perpétuo desejo.
Casciano Lopes
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