Na luta de uma bandeira
O emblema da mensagem se esforça
Para ficar nítido durante a chuva
Viçoso sob o calor
Legível na ventania
E tremulante na noite escura
A bandeira não descansa
Pois está impregnada por seus ídolos
Heróis e mitos do passado
Se levanta no mastro imponente como quem tem o que contar
E se desce de lá...
É para ser moldada em dobraduras
Nas mãos do patriota que a dobra
Como quem fecha um livro de memórias familiar
Do qual não se deve amassar as folhas
Ou amarelar as letras
As quinas são bem feitas como ruas de uma pátria
Com todo o cuidado como que para não ferir
O que por elas passaram nas passeatas
Com seus gritos e palavras de ordem
Às vezes em gavetas bem guardadas
Guardam para si toda a gente
Toda a dor e alegria de uma nação
Um papel que um dia vira tecido
Vira símbolo
Vira peito
E sonho bem no alto estacado
No mastro a bandeira que é do povo
Tão povo que o vento ruge
O sol aquece
E do mastro só desce
Para guardar história.
Para guardar história.
Casciano Lopes
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