Qualquer coisa entre o umbigo e os joelhos
Entre o grão e o sabugo do milharal
Entre o que não foi escrito e o que dita a cerimônia
Entre a buzina do carro que atravessa e o corpo cego estendido
Entre o altar vestido de branco e o trajado de listrado sentado
Entre o ponto e a que espera desvestida o pão sofrido
Entre a ovelha que se tosquia e a beleza da ilustre nos salões
Entre o espinho crescido e o botão não nascido já vendido
Qualquer coisa entre a derme a epiderme
Que faça criar um jeito novo de acreditar no homem.
Casciano Lopes
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