29.6.10

Silêncio

Cantam as pedras
Resvalando na alma inoxidável
Choram as folhas caídas dos galhos pensos
Pensam as cinzas sopradas de rochedos distantes
Dormem as alianças da construção barulhenta.
Indecisa caminha a ideia
Alvejada de sonho desampara a calma
E a boca já balbucia silêncio.

Casciano Lopes

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