7.12.11

Refugiado

Juntei meu pano de escrita
Fiz tenda do que escrevia
Colhi minha fruta no pé
Plantei  a semente um dia
Judiei no riso uma criança
Na gargalhada veio a poesia
Completei o jogo de peças
Com o fim da melancolia
Embora se foi a tolice
Restou-me a rebeldia
Enquanto ventava no mundo
Chovia na tenda, dentro escorria
As letras brotaram da semente
A fruta de minha ideologia.


Casciano Lopes

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