Passe tua leitura cigana nas curvas
Veja cada esquina em que parei
Cada telhado em que subi
Cada avenida que tracei
Cada bosque que senti
Cada beco que criei
Cada ladeira que desci
Cada rua deserta que colonizei
Cada marquise onde amanheci.
Escreva sem pena tua sentença
Nessas folhas que dedilho em branco
Cuida das dobras passadas da descrença
Redescubra as dobradas que espanco
Vem com mãos cheias de crença
Conte e cante aos outros meu canto
Todos que conseguirem ler minha nascença
Espalmada aqui... No caso ou mão que estanco.
Casciano Lopes
"Eu quero te contar, de tudo que vivi... do quanto eu ja naveguei, sem conhecer o mar... do quanto eu ja voei sem conhecer o ar.... Do quanto eu ja fui rei... do que me escravizei... das portas que fechei... janelas que nem sei..." (Martinha). Parabens poeta!.
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